Magnata
Zé, é assim que se resume o dia de hoje.
Voltei
a ter tempo livre, finalmente. Descansei, finalmente. Após dias seguidos a madrugar,
hoje acordei “apenas” às 8h. Melhor, voltei a dar aulas – uma de manhã e outra
à tarde como seria habitual não tivesse eu decidido ser tudo e mais alguma
coisa para além de professor. 2 horas de manhã, 2 horas à tarde e como é bom
ser um voluntário normal. Ter tempo livre nesta cidade maravilhosa.
Hoje
nesse tempo livre que voltei a ter, tratei de mim, armei-me em p*** fina. À hora
de almoço tratei de ir às compras. 2 calções e uma camisa de marca, aos preços
de cá. Seguiu-se o Hard Rock. Copo de shot comprado para juntar à colecção e almocei
por lá. Aos preços de cá, foi caríssimo. Mesmo assim, foi o preço normal duma
ida ao restaurante em Portugal. Soube a pato…
O
melhor estava para vir, mais ao fim da tarde.
Nas ruas da cidade, há duas frases típicas, daquelas que se ouvem em qualquer virar de esquina: “Tuk-tuk, sir?” e “Massage, Sir?”. Hoje, pela primeira vez na vida, disse que sim à segunda. 1 hora de massagem, corpo todo. Mais uma vez, aos preços de cá. A brincadeira além de super barata, fez milagres. As dores nas pernas, nos braços, nas costas… já eram. Ficou apenas a dor no ombro que, mesmo assim, está por metade. Parece que sai de lá bem mais leve, mas com uma bonita camada de óleo espalhada pelo corpo. Já tomei banho, mas continuo todo oleoso. Quanto à massagem em si, um quarto com colchões (até que era limpinho), um Zé apenas de toalha e uma cambojana que não falava nada de inglês a massajar. Que luxo. Só para esclarecer as mentes mais informadas e/ou perversas: sim, as massagens de cá e do sudeste asiático em geral, são muito faladas pela badalhoquice que se podem tornar. Certifiquei-me que ia a um sítio onde não viriam propostas indecentes.
Nas ruas da cidade, há duas frases típicas, daquelas que se ouvem em qualquer virar de esquina: “Tuk-tuk, sir?” e “Massage, Sir?”. Hoje, pela primeira vez na vida, disse que sim à segunda. 1 hora de massagem, corpo todo. Mais uma vez, aos preços de cá. A brincadeira além de super barata, fez milagres. As dores nas pernas, nos braços, nas costas… já eram. Ficou apenas a dor no ombro que, mesmo assim, está por metade. Parece que sai de lá bem mais leve, mas com uma bonita camada de óleo espalhada pelo corpo. Já tomei banho, mas continuo todo oleoso. Quanto à massagem em si, um quarto com colchões (até que era limpinho), um Zé apenas de toalha e uma cambojana que não falava nada de inglês a massajar. Que luxo. Só para esclarecer as mentes mais informadas e/ou perversas: sim, as massagens de cá e do sudeste asiático em geral, são muito faladas pela badalhoquice que se podem tornar. Certifiquei-me que ia a um sítio onde não viriam propostas indecentes.
Mais
um experiência nova, a juntar a tantas outras. Faço e vivo de tudo nesta cidade
maravilhosa. Do melhor ao pior, do pior ao melhor. Apesar dos luxos ao preço da
chuva, o que realmente me deixa contente e feliz são as coisas mais simples. São os meus pequenos grandes benfiquistas que são a simplicidade em pessoa.
Apesar das compras, do enorme hambúrguer ou da massagem, as melhores horas do
dia foram passadas na Kilt com eles. Lá não há
luxos, há muito pouca coisa mesmo. Com o que existe, fazemos nós a festa. Hoje com um simples tubo, rimos às gargalhadas. Também houve macacadas e também adoraram fazer desenhos na t-shirt branca do teacher Zé. Somos simples, espontâneos e
verdadeiras. Somos amigos, somos família e isso chega-nos para passarmos
momentos inesquecíveis. Tanto que me ri hoje, tanto que eles se riram hoje…
Nem tudo foram rosas na Kilt. Da doença, estamos quase todos curados. Hoje apareceu apenas a Bonita doente e, dos que já estavam, continua apenas um dos bébes a arder em febre. À tarde, seguiu para o hospital. Eu desse, não sei tratar. Ou melhor, nem arrisco.
A parte mais difícil também está a chegar. Estamos oficialmente na minha ultima semana por cá. Hoje disse isso às mais pequenas e a reacção partiu-me o coração. Uma com um olhar triste pedia-me para não ir embora. Outra fez igual pedido. Disse-lhe que ia segunda, pediu para, pelo menos, ficar até terça. Disse que ia mas um dia voltava e para não ficar triste porque a outra professora ia continuar mas de nada serviu, diz que me quer a mim. O Somen, nos seus 10 anos, diz que vai estudar para um dia ter dinheiro e me ir visitar a Portugal. O Sarath, nos seus 13, aparece-me com uma tatuagem (como ele lhe chama) no braço. Um coração e a seguinte frase: "Sarath, I love Zé". Ontem decidiu também chamar-me father Zé, ele que não tem pai, em vez de friend. Eu mudei o father para brother, e os que estavam presentes tornaram-se todos meus irmãos também. Os mais velhos percebem que tenha que ir embora e voltar à minha realidade, mesmo que eu próprio não queira, e "apenas" me dizem que vou mas fico no coração deles e me pedem para voltar assim que possível. Entretanto, prometem mandar mails e combinámos que tudo o que eles precisassem me ficariam de dizer para juntos encontrarmos uma solução.
A parte mais difícil também está a chegar. Estamos oficialmente na minha ultima semana por cá. Hoje disse isso às mais pequenas e a reacção partiu-me o coração. Uma com um olhar triste pedia-me para não ir embora. Outra fez igual pedido. Disse-lhe que ia segunda, pediu para, pelo menos, ficar até terça. Disse que ia mas um dia voltava e para não ficar triste porque a outra professora ia continuar mas de nada serviu, diz que me quer a mim. O Somen, nos seus 10 anos, diz que vai estudar para um dia ter dinheiro e me ir visitar a Portugal. O Sarath, nos seus 13, aparece-me com uma tatuagem (como ele lhe chama) no braço. Um coração e a seguinte frase: "Sarath, I love Zé". Ontem decidiu também chamar-me father Zé, ele que não tem pai, em vez de friend. Eu mudei o father para brother, e os que estavam presentes tornaram-se todos meus irmãos também. Os mais velhos percebem que tenha que ir embora e voltar à minha realidade, mesmo que eu próprio não queira, e "apenas" me dizem que vou mas fico no coração deles e me pedem para voltar assim que possível. Entretanto, prometem mandar mails e combinámos que tudo o que eles precisassem me ficariam de dizer para juntos encontrarmos uma solução.
Estás mesmo a recordar a tua infância (pelo menos 15 anos atrás, para não dizer mais). É tão divertido brincar com um tubo, como era brincar, por exemplo, aos répteis com o teu amigo Carlos, não são necessários grandes brinquedos para se rirem e gozarem à fartazana!
ResponderEliminarTal como aprendestes a fazer cocktails exóticos, gostava que aprendesses também a fazer essas massagens que tiram dores, eu o pai e certamente muita gente da nossa geração íamos gostar, uma vez que quando fazemos esforços a mais...o remédio seria com certeza bem vindo. Senão, ai que dores! dispensava-se eventualmente o óleo em causa. A mana deveria lembrar-se de uma loção alternativa menos sebenta.