Lembram-se de vos ter falado do rapaz mais velho que desenhava muito bem e a quem tinha pedido um desenho? Ora bem, aí está ele. Hoje confirmou-se a primeira venda do rapaz. Veio com ar envergonhado mas sorridente mostrar-me o que tinha feito. Como podem ver, ele tem mesmo talento (professor João Nunes, temos "artista"). Quando fui para pagar, o rapaz quis a todo o custo oferecer-me o desenho, alegando que já lhes pagava muitas pizzas e lhes dava muita coisa. Como é óbvio não deixei. Antes de me ir embora pus-lhe uma nota de 5 dólares na mão e disse que era para ele gastar como quisesse, não tinham que ir necessariamente para a instituição. Além disso, convenci o rapaz a continuar a pintar e tentar vender os desenhos no mercado. Vamos fazer figas para que tenha sucesso!
Ainda na instituição, as aulas correram dentro da normalidade. Mais verbos e mais palhaçada para eles os decorarem. A aula acabou quando percebi que eles não sabiam o que significava "strong". Qual foi a ideia para resolver a questão? Vamos todos contrair e mostrar os músculos dos braços. A seguir, houve torneio de braço de ferro entre todos. A cara dos pequenos a fazer força era um espanto, o que eu me ri. A brincadeira foi um sucesso e todos queriam fazer braço de ferro comigo. Confesso que com os mais velhos a tarefa já não foi muito fácil, talvez também tenha feito algumas caretas para ganhar. Por falar em caretas, no fim dessa brincadeira tinha alguns miúdos a cuscar as fotos que tinha no telemóvel. Quiseram tirar mais fotos e o resultado está à vista... Os miúdos rebolavam e batiam com as mãos na mesa tal não eram as gargalhadas que davam com as caretas do teacher Zé... que delicia!
Já depois das aulas, fiz uma amizade, no mínimo, interessante (a foto não engana). Cruzei-me com um monge e decidi abordá-lo. Fiquei a conversar com ele ainda um bom bocado, ele até queria ir para um banco de jardim conversar comigo mas achei que já era demais. O rapaz anda a aprender inglês, encheu-me de perguntas e tirou muitas duvidas com o teacher Zé que tinha apontadas no seu caderno. Perguntou-me qual a melhor maneira para aprender, logo a mim que estou há 20 anos a estudar inglês e, ainda custo a mandar duas seguidas para a caixa. Ficámos amigos no facebook e fiquei de ir conviver com ele e os seus amigos, também monges, um dia destes. Uma tarde com muito potencial... Entretanto, por hoje, deu para perceber que eles cheiram mesmo muito mal!
Quanto às comidas, hoje o almoço foi épico. Decidi ir experimentar um buffet cá da terra, num restaurante situado no centro comercial (parece que existe disso por cá) com uns impressionantes 3 andares, ou seja, estamos a falar de um arranha-céus cambojano. Cheguei eram 13h e a senhora disse-me que aquilo fechava as 14h, que já não tinha muito tempo para comer. Fiz um esforço para não me rir na cara dela e entrei. Sentei-me e tinha um tapete rolante, muito extenso mesmo (nada comparado aos que há em Portugal) cheio de pratos a passar com alguma velocidade. Na mesa ligaram para lá uma coisa com água a ferver, a ideia consiste em recolher vegetais e mandar lá para dentro para, depois, comer tipo sopa. Isso até era o menos mau, experimentei os vegetais todos e aquilo até faz uma mistura comestível. Já os pratos com "comida", meu Deus. Comida está entre aspas propositadamente. Um tentativa de sushi, nojento. Carne crua, nojento. Uns camarões fritos, intragáveis. Outros pratos que, mesmo com muito boa vontade, não fui capaz de lhes pegar e meter aquilo na boca, ainda me dá nojo só de imaginar (prefiro mil vezes os insectos). Mesmo assim, comi que nem um alarve a tentar experimentar tudo, não gostei foi de nada. No fim, descobri que para além das bebidas não alcoólicas, também havia massa e arroz à descrição. Essa massa e arroz foram o resto do meu almoço e... foram comidos com pauzinhos. Experimentem comer arroz com pauzinhos e vão ver, nunca o ditado popular "grão a grão enche a galinha o papo" me fez tanto sentido.
Agora, à hora de jantar, foi altura do professor virar aluno e ir a uma aula de como fazer khmer cocktails. Dada a inspiração que para aqui vai, creio que é melhor relatar a experiência só amanhã e publicar apenas aquilo que já tinha escrito antes de ir para a aula. Por hoje, relativamente aos cocktails, tenho apenas 2 coisas a acrescentar. Primeira: se o meu caro leitor tiver mais que 30 anos, não tenha a MUITO infeliz de ir a uma aula de como fazer cocktails sem nada no estômago e de bicicleta. Se o meu leitor tiver menos que 30, experimente fazê-lo... o regresso a casa é brutal. Segunda coisa: Zé, vai deitá-la!!!
Agora, à hora de jantar, foi altura do professor virar aluno e ir a uma aula de como fazer khmer cocktails. Dada a inspiração que para aqui vai, creio que é melhor relatar a experiência só amanhã e publicar apenas aquilo que já tinha escrito antes de ir para a aula. Por hoje, relativamente aos cocktails, tenho apenas 2 coisas a acrescentar. Primeira: se o meu caro leitor tiver mais que 30 anos, não tenha a MUITO infeliz de ir a uma aula de como fazer cocktails sem nada no estômago e de bicicleta. Se o meu leitor tiver menos que 30, experimente fazê-lo... o regresso a casa é brutal. Segunda coisa: Zé, vai deitá-la!!!
Espero que amanhã a dor de barriga e de cabeça sejam leves.
ResponderEliminarAinda bem que o braço de ferro foi antes da aula de coctails, senão tinhas perdido com todos. Talvez seja melhor não falares ao teu amigo budista nessa experiência. Eles bebem bebidas alcoólicas?
ResponderEliminarO desenho está porreiro, eu não faria melhor!